
Qual a principal causa da cirrose?

A cirrose é uma doença crônica e progressiva do fígado que se caracteriza pelo acúmulo de tecido cicatricial (fibrose) e formação de nódulos, levando a um comprometimento significativo das funções do órgão. Entender suas causas primárias é essencial para a prevenção e controle da doença.
Entre as principais causas da cirrose, destaca-se o abuso de bebidas alcoólicas. A ingestão excessiva de álcool, principalmente quando prolongada, leva a uma inflamação crônica do fígado, a morte de suas células e a subsequente regeneração celular desordenada, gerando fibrose e nódulos. A cirrose alcoólica, portanto, é uma das formas mais comuns e conhecidas da doença.
Infecções crônicas por certos tipos de vírus de hepatite, como hepatite B, C e D, também estão entre as principais causas da cirrose. Esses vírus causam inflamação duradoura no fígado que, ao longo do tempo, pode levar à formação de tecido cicatricial e comprometimento da função hepática.
Além disso, o uso prolongado de determinados medicamentos pode contribuir para o desenvolvimento da cirrose. Alguns medicamentos, quando utilizados por períodos extensos, podem ser tóxicos para o fígado, resultando em danos que, se não forem devidamente gerenciados, podem evoluir para cirrose.
Outras condições médicas, como a esteatose hepática não alcoólica, a doença hepática gordurosa, e doenças autoimunes, como a hepatite autoimune, também podem levar à cirrose. É fundamental, portanto, uma conscientização da importância da saúde hepática e da necessidade de um acompanhamento médico regular, a fim de diagnosticar e tratar adequadamente quaisquer condições hepáticas em seus estágios iniciais.
Qual é o risco para quem tem cirrose?

A cirrose hepática, uma condição que provoca alterações irreversíveis no fígado, impõe vários riscos significativos à saúde e à vida de quem a tem. Compreender o risco de quem tem cirrose é crucial para a gestão eficaz da doença
Uma das principais preocupações é que a cirrose pode levar a complicações graves, incluindo insuficiência hepática e hipertensão portal (aumento da pressão nas veias do fígado). Essas condições podem resultar em hemorragias digestivas de alto risco e ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), que são situações de emergência médica.
Além disso, pessoas com cirrose têm um risco aumentado de desenvolver carcinoma hepatocelular, uma forma agressiva de câncer de fígado. Este é um dos quais os riscos da cirrose mais preocupantes, dado que o câncer de fígado geralmente tem um prognóstico sombrio.
Portanto, a cirrose hepática apresenta um risco de vida considerável. Devido à sua natureza progressiva e irreversível, é crucial que se busque um diagnóstico precoce e um tratamento efetivo para reduzir as complicações e melhorar a qualidade e expectativa de vida dos pacientes. Além disso, o controle dos fatores de risco associados, como o consumo de álcool e infecções virais crônicas, é fundamental para prevenir o desenvolvimento de cirrose.
Qual o primeiro sintoma da cirrose?

A cirrose hepática é uma doença progressiva que pode inicialmente se apresentar de maneira silenciosa, muitas vezes tornando difícil o seu diagnóstico precoce. No entanto, quando surgem os primeiros sintomas da cirrose, estes servem como alertas importantes de que o fígado pode estar sofrendo danos significativos.
O primeiro sintoma da cirrose costuma ser a fadiga, uma sensação de cansaço e esgotamento que não é aliviada pelo descanso e que pode afetar significativamente a qualidade de vida do indivíduo. Junto a ela, pode ocorrer uma perda generalizada de energia, muitas vezes inexplicável, que pode ser facilmente confundida com o cansaço comum do dia-a-dia ou com outras condições de saúde.
Outro sintoma inicial comum é a perda de apetite, que pode levar à perda de peso. Esta perda de apetite pode ser acompanhada por náuseas e, em alguns casos, dor abdominal. Esses sintomas podem ser leves inicialmente, mas geralmente pioram à medida que a doença progride.
Além disso, pequenos derrames na pele, também conhecidos como "aranhas vasculares", podem ser um indicativo de cirrose. Esses derrames são pequenos vasos sanguíneos dilatados que aparecem principalmente no tórax e no rosto.
Importante ressaltar que, embora esses sejam sintomas comuns no início da cirrose, eles não são exclusivos desta doença. Por isso, ao notar esses sinais, é essencial buscar a avaliação de um médico, preferencialmente um hepatologista, que pode conduzir uma avaliação apropriada e indicar o tratamento mais adequado.
Quais são as fases da cirrose?

A cirrose hepática pode ser categorizada em duas fases distintas com base na apresentação dos sintomas e no estado geral do paciente: a fase compensada e a fase descompensada. Estas fases indicam a progressão da doença e desempenham um papel significativo na determinação do curso do tratamento e do prognóstico.
Fase compensada
Na fase compensada da cirrose, o paciente geralmente não apresenta sintomas evidentes da doença. Embora haja danos significativos no tecido do fígado, as funções hepáticas essenciais ainda estão sendo desempenhadas, pois o órgão tem uma incrível capacidade de compensar por suas próprias deficiências.
Por isso, nesse estágio, a doença pode ser difícil de detectar sem a realização de exames específicos e muitas pessoas não sabem que têm cirrose até que a doença progrida para o próximo estágio.
Fase descompensada
Na fase descompensada, no entanto, a doença atinge um ponto em que o fígado não pode mais compensar adequadamente pelos danos causados. Esta é a fase de maior gravidade da cirrose, em que surgem sintomas e complicações evidentes, como icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), hemorragias digestivas, entre outros. Estas complicações podem ser potencialmente fatais e requerem atenção médica imediata.
A transição da fase compensada para a descompensada é um sinal de que a doença está progredindo e é essencial que o paciente receba o tratamento adequado.
Quando procurar um médico para cirrose?

Recomenda-se procurar um médico para cirrose em casos de sintomas como fadiga inexplicada, perda de apetite persistente, perda de peso sem motivo aparente, náuseas ou dores abdominais constantes, é aconselhável procurar um médico. Além disso, alterações na cor da pele ou dos olhos (icterícia), urina escura, fezes pálidas, inchaço no abdômen (ascite) ou pequenos derrames na pele também podem ser indicativos de problemas hepáticos.
Além disso, se você tem fatores de risco para cirrose, como consumo excessivo de álcool, infecções crônicas por hepatite B ou C, obesidade, diabetes ou uma doença hepática autoimune, deve fazer check-ups regulares para monitorar a saúde do seu fígado.
Lembre-se, o médico ideal para procurar quando se suspeita de cirrose é o gastroenterologista.