
Quais são os sintomas de câncer de estômago?

O câncer de estômago é uma condição que, devido à falta de sintomas específicos, pode ser difícil de identificar rapidamente. Existem, contudo, alguns sinais que podem indicar o desenvolvimento de um tumor estomacal, como perda de peso, perda de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, dificuldade para engolir, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente.
Portanto, ao perceber esses sintomas, é essencial buscar a avaliação de um médico especialista experiente. Durante o exame físico, a presença de dor ao palpar o estômago pode ser um indicativo da doença. O aumento do tamanho do fígado, a presença de íngua na parte inferior esquerda do pescoço ou nódulos perto do umbigo também podem ser sinais de um estágio mais avançado da doença.
Cerca de 10% a 15% dos pacientes com câncer de estômago podem apresentar vômitos com sangue. Este é um sintoma que, embora não seja muito comum, deve ser levado a sério e comunicado imediatamente ao médico.
Ademais, alterações nas fezes, como a presença de sangue, fezes escurecidas, pastosas e com um odor muito forte, podem ser observadas. Estas alterações podem ser indicativas de sangue digerido, que é um sinal de alarme que deve ser investigado imediatamente por um profissional de saúde.
Quais são os tipos do câncer de estômago?

Existem diferentes tipos de câncer de estômago, sendo os adenocarcinomas os mais comuns. Esses podem ser subdivididos em dois subtipos patológicos: intestinal e difuso.
O tipo intestinal do adenocarcinoma tende a aparecer mais frequentemente em pacientes idosos, predominantemente do sexo masculino. Este tipo de câncer de estômago está frequentemente associado à presença de gastrite crônica atrófica e metaplasia intestinal, que são pequenas lesões resultantes da inflamação gástrica crônica. Essa inflamação costuma estar relacionada à infecção pela bactéria Helicobacter pylori.
Já o tipo difuso de adenocarcinoma tem uma incidência mais comum em pacientes jovens e é distribuído igualmente entre os sexos. Este tipo de câncer é conhecido por ter um comportamento mais agressivo quando comparado ao tipo intestinal. Ele tem origem no epitélio gástrico normal, e não apresenta aparente lesão pré-cancerígena. A ocorrência deste tipo de câncer pode estar relacionada a uma mutação genética específica, do gene CDH1.
Como é feito o diagnóstico do câncer de estômago

O diagnóstico de câncer gástrico é estabelecido através de um procedimento chamado endoscopia digestiva alta. Durante este exame, o paciente é sedado e recebe anestesia local na garganta, permitindo a introdução de um tubo pela boca sem desconforto.
A endoscopia possibilita ao médico examinar o esôfago e o estômago em detalhes, e também realizar biópsias - isto é, coletar pequenas amostras de tecido para análise. As amostras coletadas são então enviadas para um laboratório para confirmação de diagnóstico de tumor maligno e determinação de seu tipo.
Se o diagnóstico de câncer gástrico é confirmado, exames adicionais podem ser necessários para determinar a extensão do tumor, como a tomografia computadorizada. No entanto, se o câncer parecer estar em um estágio inicial, a ultrassonografia endoscópica - um procedimento semelhante à endoscopia digestiva alta, mas com a adição de um dispositivo de ultrassom na extremidade do tubo - pode ser suficiente.
Em alguns casos, pode ser necessária uma cirurgia exploratória para verificar se o câncer se disseminou além do estômago, condição conhecida como metástase. Este procedimento, muitas vezes realizado por laparoscopia, envolve a realização de pequenas incisões no abdômen e a inserção de uma câmera especial que transmite imagens ao vivo para um monitor na sala de cirurgia.
Quais os tratamento para câncer de estômago?

O tratamento do câncer de estômago varia conforme a localização, o estágio da doença e sua agressividade, bem como o estado geral de saúde do paciente. Dentre as alternativas disponíveis estão a cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapias-alvo e imunoterapia.
A cirurgia tem como objetivo principal remover todo o câncer e parte do tecido saudável ao redor. Isso pode envolver a remoção de tumores iniciais, parte ou todo o estômago, linfonodos para teste, ou até procedimentos para alívio dos sintomas.
A quimioterapia pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do câncer, facilitando a remoção, ou após a cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes. A radioterapia segue a mesma lógica, e pode ser usada isoladamente ou em combinação com a quimioterapia.
As terapias-alvo focam nos pontos fracos das células cancerígenas, promovendo a sua morte, enquanto a imunoterapia auxilia o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas. Em ambos os casos, essas abordagens podem ser usadas em conjunto com a quimioterapia.